Um novo assunto começa a entrar no radar. Parte do mercado já começa a avaliar a possibilidade de um PIB perto de zero ou até mesmo negativo para o primeiro trimestre deste ano. Este risco existe por conta dos possíveis impactos do coronavírus na economia chinesa e, consequentemente, na economia brasileira.

Confira vídeo abaixo:

Esse mesmo alerta tem sido feito por autoridades internacionais. Ontem, a diretora-gerente do FMI declarou que o coronavírus é a mais urgente ameaça para a frágil recuperação do PIB global. E uma mesma observação veio dos norte-americanos hoje, quando o presidente do Fed de Minneapolis declarou ser improvável que os Estados Unidos estejam completamente imunes a uma possível desaceleração causada pelo surto.

De todo modo, os impactos no PIB brasileiro não fazem parte do cenário-base dos economistas. Este também não é o nosso aqui no Safra. Nosso time de macroeconomia projeta um crescimento de 0,3% no primeiro trimestre, mas é importante seguirmos acompanhando essa discussão e as eventuais revisões do mercado.

Destaque também para a divulgação de um dos resultados mais esperados dos balanços corporativos. A Petrobras reportou lucro líquido de  R$ 40,1 bilhões em 2019, o maior da história.

Ainda no cenário internacional, o BC dos Estados Unidos divulgou a ata de sua última reunião de política monetária. O tom foi de que a economia norte-americana segue forte, em linha com as últimas declarações. Com isso, nosso time de economia mantém a visão de que os juros por lá seguirão inalterados durante todo o ano.

FECHAMENTO DO MERCADO
O Ibovespa encerrou essa quarta-feira com ganhos de 1,34%, aos 116.518 pontos.

Já o dólar comercial continuou a trajetória de alta, desta vez com leve ganho de 0,19%, cotado aos R$ 4,37.

COMENTÁRIO DO DIA
Muita gente me pergunta: Jorge, qual é a diferença entre fundos DI e fundos de renda fixa? Na prática, ambos são produtos de juros, mas os Fundos DI são estritamente pós-fixados. Eles baseiam no comportamento do CDI, e para isso podem investir em títulos públicos federais, títulos de emissões bancárias ou títulos privados.

Já os fundos conhecidos simplesmente como renda fixa vão além. São produtos ativos na gestão. Eles podem ter operações pós-fixadas, tentar se antecipar a movimentos nos juros, de alta ou baixa, ou buscar proteções contra a inflação, sempre de acordo com a nossa visão sobre o cenário econômico.