Bolsa em queda, dólar em alta. O retorno dos mercados brasileiros seguiu um comportamento bastante semelhante ao observado nos principais centros financeiros ao redor do mundo no começo desta semana.

O motivo para esse nervosismo no mercado veio das notícias sobre o coronavírus, que agora começa a ganhar força fora da China, especialmente na Itália, onde foram anunciados centenas de casos e algumas mortes. O Brasil também teve a confirmação oficial de um infectado, tornando-se o primeiro caso na América Latina, e os Estados Unidos alertaram que há uma alta probabilidade de que o vírus se espalhe pelo território norte-americano.  

Confira o vídeo do Morning Call em:

A repercussão sobre o coronavírus no Brasil e no mundo tem ofuscado as demais pautas nesta semana. Para o nosso time de macroeconomia, a doença deve ter um impacto econômico mais concentrado no primeiro trimestre da China e da Ásia de modo geral, podendo afetar também a Europa. A repercussão sobre o vírus também reacende discussões que pareciam encerradas, como uma possível mudança na política monetária dos Estados Unidos em direção a um novo corte de juros. 

Por aqui, seguimos com a projeção de um PIB a 2,1% neste ano, mas reconhecemos que há um viés negativo para esse número. Ainda é muito cedo para fazer alguma previsão, por isso vamos continuar monitorando a evolução do vírus e seus possíveis impactos na economia.  

Fechamento

  • Ibovespa: -7,00%, aos 105.718 pontos;
  • Dólar comercial +1,10%, a R$ 4,44.

Comentário do dia
Momentos como o que observamos no pregão de ontem reforçam a necessidade de diversificar a carteira. Essa é uma estratégia importante para todos os momentos, porque ela permite acomodar eventuais quedas nos preços e aproveitar oportunidades. Apesar dos movimentos de curto prazo, seguimos confiantes com o nosso cenário para o ano, que você pode conferir em nosso Safra Report.

É importante destacar que há inúmeras alternativas para investimentos em ações. Para quem busca uma alternativa mais defensiva, por exemplo, as ações de empresas que historicamente pagam bons dividendos aparecem como uma opção. Esse é um modo de aplicar em renda variável que adiciona ao retorno do investimento um certo teor de renda fixa. Isso porque os dividendos oferecem uma renda periódica ao investidor, que são os lucros distribuídos.

E essa renda tem superado, em muitos casos, o retorno da própria taxa Selic, que é a principal referência da renda fixa. Nossa carteira recomendada de dividendos, por exemplo, está com uma distribuição média de dividendos superior a 5% no ano, contra 4,25% da Selic. Uma outra alternativa são os fundos de ações especializados nessa estratégia, como o Safra Selection, que vem superando o Ibovespa nos últimos dois anos.

Vale lembrar que nossos especialistas também estão sempre à disposição para orientar sobre os melhores caminhos para cada cenário e para cada perfil de investidor.