Os mercados financeiros no mundo seguiram com mais um dia de fortes oscilações negativas. Em Nova York, as bolsas caminham para registrar a pior semana desde a crise financeira de 2008, com quedas próximas a 10% nos últimos pregões.

O coronavírus continua sendo o principal fator por trás desse movimento. E há dois lados nessa história: de um lado, os casos seguem muito concentrados na China, apresentam baixo grau de letalidade e especialistas chineses têm dito que esperam ter o vírus sob controle até o fim de abril. Por outro lado, há o medo de que a doença se espalhe para outros países, depois das noticías de países como Coréia do Sul , Itália e Irã, para citarmos alguns. Além disto, há uma falta de clareza sobre como contê-la e a continua  dificuldade dos agentes econômicos em medir o impacto na economia global..

 

 

O time de Macroeconomia do Safra iniciou o ano com uma projeção de 2,3% para o PIB, e recentemente alterou para 2,1%. Agora, mais uma vez o número está sob revisão, dadas as notícias recentes.

Fechamento

  • Ibovespa +2,59%, aos 102.983 pontos;
  • Dólar comercial +0,80%, cotada aos R$ 4,48, e renovou o recorde para a moeda.

 

COMENTÁRIO DO DIA
Nos últimos anos, a queda da taxa básica de juros fez com que muitos investidores migrassem para a Bolsa, mas alguns deles ainda não haviam experimentado um momento de forte volatilidade nos mercados como a recente. A última vez que isso aconteceu em magnitude semelhante ao que estamos vendo atualmente foi em 2017, quando aumentaram as incertezas sobre a continuidade do governo de Michel Temer. E em 2018, tivemos os impactos econômicos da greve dos caminhoneiros na economia real e nos mercados financeiros.

A volatilidade faz parte dos mercados e, em especial, da renda variável. Mas, nos momentos de incerteza, ela aumenta consideravelmente. Quando pensamos a médio e longo prazo, a tendência é que ela se estabilize à medida em que os agentes econômicos analisem  os novos dados que vem surgindo. Por isso, é importante o investidor não tomar nenhuma atitude precipitada nesses momentos. Se os objetivos que motivaram os investimentos com horizontes de médio e longo prazos não mudaram seus fundamentos, ainda que tenhamos revisões pontuais, a melhor atitude é aguardar as incertezas passarem.