Na quinta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 0,58%, aos 119.371 pontos. Já o dólar comercial encerrou em baixa de 1,81%, cotado a R$ 5,46.

Impostos nos Estados Unidos

O pregão de ontem foi marcado pela cautela no mercado de ações americano. O movimento de venda foi desencadeado no início da tarde, após a Bloomberg noticiar que o governo Biden pretende quase dobrar os impostos sobre os ganhos em investimentos.

Segundo o veículo, a medida valeria apenas para os americanos que têm renda anual de pelo menos um milhão de dólares. Se confirmado, o plano da Casa Branca ainda precisará ser analisado pelo Congresso americano.

Em meio ao recuo perto de 1% dos índices americanos, o Ibovespa, que havia subido para perto dos 121 mil pontos pela manhã, fechou em queda ontem.

A reação a essa possível tributação extra nos Estados Unidos predominou, mesmo diante de dados econômicos positivos sobre a maior economia do mundo. Segundo o governo americano, os novos pedidos de seguro-desemprego no país recuaram para 547 mil na semana passada, o menor nível desde o início da pandemia.

Um tom mais positivo prevaleceu nas praças europeias, que fecharam antes da notícia sobre o plano da Casa Branca. O índice Stoxx 600 terminou em alta de 0,7%, depois que o Banco Central Europeu manteve a taxa de juros e seus programas de compras de ativos. Porém, o índice estava em leve queda nesta manhã.

O que acompanhar nesta sexta-feira

Na agenda de hoje, os investidores se debruçam sobre os índices PMI da Europa e dos Estados Unidos divulgados pela provedora de informações Markit. Aqui no Brasil, é destaque o início da temporada de balanços corporativos, com os números da Usiminas e Hypera relativos ao primeiro trimestre.

Também teremos hoje o primeiro pregão após a sanção do Orçamento de 2021. Em linha com o esperado, o presidente da República vetou ontem quase 20 bilhões de reais em emendas parlamentares e despesas discricionárias, além de determinar um bloqueio adicional de 9 bilhões de reais.

A decisão foi negociada com o Congresso, em acordo que retirou da meta fiscal as despesas emergenciais para combater a pandemia e seus impactos econômicos.