À medida que mais casos de coronavírus são confirmados pelo mundo, fica mais difícil estimar os impactos da doença nas economias pelo mundo. Embora no curto prazo essa incerteza adicione mais estresse e volatilidade aos mercados financeiros, no longo prazo, os especialistas apontam para um desempenho positivo para o PIB brasileiro e global. Diante de um horizonte favorável, a recomendação para os investidores é evitar movimentos fortes na carteira.

“Quando olhamos para o longo prazo, os fundamentos permanecem sólidos. Um cenário de recessão, ou seja, de queda do PIB, não faz parte nem das nossas projeções nem das projeções do mercado”, afirmou Jorge Sá, Estrategista de Investimentos do Banco Safra, no Morning Call desta sexta, 6.

Sá reforça ainda que o banco está atento a possíveis reações de governos, bancos centrais e autoridades internacionais no esforço de apoiar seus sistemas financeiros e minimizar perdas. Enquanto os dirigentes buscam um equilíbrio em meio às oscilações em magnitudes como não estamos acostumados, a recomendação é que o investidor não faça movimentos fortes nas carteiras por enquanto.

 

No pregão de ontem, as bolsas norte-americanas aceleraram as perdas quando foi divulgado que os infectados em Nova York dobraram de um dia para o outro. O Ibovespa encerrou a quinta-feira em forte queda de 4,65%, aos 102.223 pontos, enquanto a moeda norte-americana segue avançando. Desta vez, o dólar valorizou 1,57%, cotado aos R$ 4,65, apesar de três intervenções do Banco Central.