A sessão desta terça-feira, 10, foi marcada pelos recordes negativos. O petróleo registrou a maior queda desde a Guerra do Golfo, em 1991. Em Nova York e em Londres, os índices de ações tiveram o maior tombo desde a crise financeira global de 2008. No Brasil, foi o pior pregão em mais de duas décadas.

Tanto nos Estados Unidos, quanto no Brasil os mercados acionaram o circuit breaker, um mecanismo de defesa das bolsas que interrompe as negociações temporariamente, na tentativa de acalmar os ânimos após uma queda expressiva das ações.

Nesta manhã, contudo, os mercados internacionais ensaiam um movimento de recuperação, embora ainda longe de repor as perdas de ontem. Na Europa, as bolsas sobem mais de 3%. Os contratos futuros dos índices de bolsas americanas sinalizam uma abertura com ganhos em torno de 4%.

Além de um movimento natural do mercado após momentos de fortes quedas, contribui também a expectativa por reação de governos para apoiar a economia. Nos Estados Unidos, por exemplo, o presidente Donald Trump deve apresentar ainda hoje medidas econômicas para ajudar a atravessar esse momento. É importante seguir atento se outras autoridades internacionais também farão pronunciamentos hoje.

O Morning Call de hoje tratou desse movimento. Confira a seguir:

Barril em queda livre

O choque nos preços do petróleo foi o pano de fundo para um dos piores dias nos mercados em muitos anos, o que agravou ainda mais a situação dos mercados financeiros, já sob tensão por conta das incertezas geradas pelo coronavírus.

Com esse novo desdobramento, o mercado passou a aumentar a chance de o banco central americano, o Fed, anunciar mais um corte de juros antes da reunião marcada para 18 de março. No Brasil, seguem também no mercado as expectativas sobre novos cortes de juros.

Reforçamos a importância de seguirmos olhando para os fundamentos de longo prazo e sugerimos cautela ao movimentar as carteiras nos próximos dias.