O clima de cautela prevaleceu sobre os negócios ontem. A aversão a risco, que levou os índices europeus para o terreno negativo desde o início do dia, foi agravada pelas explosões nos arredores do Aeroporto Internacional de Cabul, capital do Afeganistão.

Também pesaram sobre os negócios declarações de alguns dirigentes do banco central americano, que reforçaram suas posições a favor da redução de estímulos monetários no país.

O Fed segue como destaque nesta manhã, com a apresentação do presidente da instituição, Jerome Powell.

Ainda acompanhamos ontem novos dados sobre a maior economia do mundo. O crescimento dos Estados Unidos do primeiro para o segundo trimestre de 2021 foi revisado para cima, de 6,5% para 6,6%, em ritmo anual.

Além disso, os novos pedidos de seguro-desemprego por lá seguiram perto do nível de 350 mil na última semana, em linha com as expectativas do mercado.

O mercado brasileiro ontem refletiu o ambiente externo mais negativo. Entretanto, tivemos bons números relativos ao mercado de trabalho.

O Brasil registrou um saldo de quase 317 mil novos trabalhadores contratados com carteira assinada em julho de 2021, com destaque para os serviços e o comércio.

No acumulado do ano, o setor formal registra abertura líquida de mais de 1 milhão e 800 mil empregos.

O desempenho apontado pelo Caged ontem veio dentro do estimado pelo Safra, mas acima do consenso de mercado. Esse avanço tem sido estimulado pela redução nas restrições às atividades, de modo que é provável que haja uma acomodação mais à frente.

Já em Brasília, o plenário do Supremo Tribunal Federal referendou ontem, como se previa, a lei que instituiu a autonomia do Banco Central.

E na agenda de indicadores, iremos acompanhar hoje a inflação medida em julho pelo PCE, o índice preferido pelo Fed para avaliar o comportamento dos preços nos Estados Unidos. Esperamos uma alta mensal de 0,4% e de 4,2% em 12 meses.