Medidas de estímulos continuam a ser anunciadas diariamente. Ontem, tivemos anúncios muito relevantes no Brasil e nos Estados Unidos.E esse deve continuar a ser o tom no curto prazo. Isso porque as economias só devem começar a retomar o ritmo normal quando a epidemia apresentar sinais de que caminha para estar sob controle, o que ainda parece estar muito distante. 

No Brasil, tivemos uma série de anúncios importantes. Logo pela manhã de ontem, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, apresentou novas medidas de liberação de liquidez que estão sendo adotadas desde o início do ano, e que somam mais de R$ 1,2 trilhão. Ele também falou sobre medidas de liberação de capital, que têm um impacto potencial sobre o crédito em mais de R$ 1,1 trilhão. 

Veja abaixo o Morning Call completo:

Também houve medidas no lado fiscal. Chegou a ser publicada uma Medida Provisória que permitia a suspensão dos contratos de trabalho por quatro meses. A ideia era evitar demissões, mas a medida acabou revogada no mesmo dia por não prever um mecanismo para compensar os salários dos trabalhadores que deixariam de ser pagos.

Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro Paulo Guedes explicou que deve ser publicada uma nova redação com medidas semelhantes, mas com alguma ajuda do governo para os trabalhadores. O impacto da crise será grande, e será preciso fazer ainda mais. Por isso, a expectativa é por novos anúncios de estímulos tanto do Banco Central quanto da equipe econômica nos próximos dias.

Atenção também para os Estados Unidos. O Senado está discutindo um pacote de estímulos sem precedentes, próximo a US$ 2 trilhões. Para que o plano seja aprovado, Democratas e Republicanos devem chegar a um acordo sobre o escopo do programa.

Enquanto o pacote atual está concentrado em estímulos para pequenas e médias empresas, os Democratas querem maior foco em pessoas físicas e disponibilização de novos recursos. Acreditamos que um acordo no meio termo deve ser alcançado em breve.

Títulos prefixados atrativos

 

Muitos clientes têm nos perguntado o que fazer com a parte conservadora dos seus investimentos neste momentos. Na renda fixa temos visto um aumento nas taxas de juros de médio e longo prazo, o que significa grandes oportunidades em operações de prefixadas. 

Apesar de o Copom ter cortado a taxa Selic e os agentes do mercado estarem acreditando em novos cortes, as taxas dos títulos de renda fixa mais longas estão em patamares tão atraentes como não víamos há algum tempo. 

Observamos negociações bem acima da projeção da Selic para o médio e o longo prazo. Nossas recomendações são na direção de investirmos em papéis a partir de um ano, em vários prazos, em taxas prefixadas, na busca de diminuir a volatilidade e se apropriar de prêmios relevantes em relação à taxa Selic atual. 

Como já falamos na última atualização de mercado, nessa classe de ativos temos opções em papéis com toda a solidez, segurança e tradição do Banco Safra, como CDBs, Letras Financeiras, LCIs e LCAs.