A Bolsa acumulou mais um dia de ganhos, e agora caminha para encerrar o mês de março com uma recuperação expressiva. Após ganhos de 1,24% na terça-feira, aos 116.850 pontos, o Ibovespa começa o último dia do mês com alta acumulada de 6,2%. Já o dólar comercial encerrou a terça-feira em baixa de 0,10%, cotado a R$ 5,76.

Reforma ministerial

A reforma ministerial, que resultou em mais espaço para o centrão, foi interpretada como um sinal positivo para ganhar agilidade no combate à pandemia e mitigar seus impactos no curto prazo.

Já a troca no comando do Exército, na Marinha e na Aeronáutica foi recebida com cautela, e o assunto deve seguir sendo acompanhado.

Surpresa positiva no Caged

Mas os negócios ganharam força após a divulgação dos dados do Caged para fevereiro, que surpreenderam positivamente.

O indicador mostrou a criação líquida de mais de 401 mil novas vagas com carteira assinada no mês, muito acima das projeções de consenso de mercado, de 250 mil novas vagas.

O número também foi um recorde para um mês de fevereiro desde o início da série histórica, em 1992.

Orçamento no radar

Apesar do dia de ganhos, também segue como pano de fundo as atenções em torno do debate sobre o Orçamento, conforme comentamos nas últimas edições deste Morning Call.

Entre as alternativas que estão sendo estudadas sobre o texto aprovado estão a votação de um novo projeto, um ajuste no texto pelo relator ou um veto presidencial. 

Agenda do dia

Na agenda de hoje, teremos novas sinalizações para a economia.

Às 9h, o IBGE divulga os números da taxa de desemprego trimestral na PNAD Contínua de janeiro. Referente a um período anterior ao agravamento da pandemia, projetamos leve recuo de 13,9% para 13,8%.

Em seguida, às 9h15, vamos conhecer o Relatório ADP nos Estados Unidos.

Visto como uma prévia do relatório de emprego, que vai ser divulgado na sexta-feira, o relatório deve mostrar forte criação de postos de trabalho no setor privado em março: criação líquida de 708 mil vagas, contra 117 mil na última leitura.

Também devemos acompanhar hoje o anúncio, nos Estados Unidos, de um novo plano para o setor de infraestrutura, estimado em pelo menos US$ 3 trilhões.