O Ibovespa recuou 2,5% na semana passada, pressionado pelas preocupações com a China, o principal destino das exportações brasileiras. O índice de ações voltou a fechar abaixo de 112 mil pontos pela primeira vez em seis meses e meio.

Nos últimos dias, o gigante asiático apresentou dados mais fracos do que o esperado tanto na indústria quanto no varejo.

Somado a medidas de contenção da produção de aço por lá, bem como à crise financeira da segunda maior incorporadora chinesa, isso gerou um novo tombo nos preços internacionais do minério de ferro.

Desse modo, as ações de Vale, CSN, Gerdau e Usiminas tiveram recuos da ordem de 10% na semana.

O mercado brasileirou também sofreu um impacto negativo do aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras, o IOF, até o final do ano.

O objetivo do governo é financiar o programa Auxílio Brasil. No entanto, o decreto acaba elevando o custo do crédito justamente em um momento de alta dos juros.

A semana que se inicia traz uma rodada importante de decisões dos bancos centrais. A mais aguardada virá dos Estados Unidos na tarde de quarta-feira.

Ninguém espera que o comitê de política monetária do Fed altere as taxas de juros tão cedo. Mas a expectativa é que os dirigentes mostrem mais detalhes sobre quando e como pretendem reduzir o programa de compra de ativos no país.

Essa comunicação deve ser desenhada cuidadosamente para não provocar maiores turbulências nos mercados.

Vale destacar que o anúncio da autoridade monetária se dará em uma semana movimentada no Congresso americano, com discussões sobre o endividamento do governo federal e sobre o pacote de gastos públicos defendido pelo Partido Democrata.

Também na quarta-feira, o Banco Central do Brasil irá divulgar, após o fechamento do mercado, a sua decisão sobre a taxa básica de juros, e o Safra espera que a Selic seja elevada de 5,25% para 6,25% ao ano.

Outro destaque da agenda interna é a prévia da inflação de setembro, que será informada pelo IBGE na manhã de sexta-feira.