O Ibovespa se destacou na última sessão, marcada por uma melhora no humor dos investidores.

Após ter operado no nível de 107 mil pontos na mínima da véspera, o índice brasileiro ontem fechou em firme alta e retomou os 110 mil pontos, liderado por ações associadas ao consumo interno.

Os ativos locais foram impulsionados pelo relativo alívio do mercado com a situação política do país, depois que os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, se reuniram com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para buscar uma solução para o pagamento de precatórios.

A alternativa apresentada foi um teto de cerca de R$ 40 bilhões para esses gastos no ano que vem. Ainda não está definido como serão honrados os outros R$ 50 bilhões que também seriam pagos em 2022.

A PEC enviada pelo governo sobre o tema já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e começa a tramitar hoje em comissão especial da Câmara.

Já no Senado, a Comissão de Assuntos Econômicos aprovou ontem o programa BR do Mar, que busca aumentar a competitividade da navegação de cabotagem no país. O projeto de lei ainda deve passar por outras comissões da Casa.

Nos Estados Unidos, o mercado oscilou ontem, ainda aguardando a decisão do Fed que será conhecida na tarde de hoje.

A expectativa é que sejam reveladas novas informações sobre o plano do banco central americano para reduzir o programa de compras de títulos públicos e títulos com lastro imobiliário.

Lembrando que hoje também é dia de decisão de juros no Brasil. Como já dissemos no início da semana, a previsão do Safra é de alta de 1 ponto percentual na Selic.

Também monitoramos nesta manhã a reabertura do mercado chinês, após dois dias de feriado no país. As ações por lá tiveram queda moderada, repercutindo a melhora da percepção dos investidores com a crise da Evergrande, que sinalizou que irá cumprir um pagamento de juros previsto para amanhã.

Vale destacar que tivemos nesta madrugada algumas decisões de política monetária na Ásia. O Banco Popular da China não alterou a sua taxa de juros de referência, mas segue injetando liquidez no sistema financeiro por meio de operações compromissadas.

O Banco do Japão, por sua vez, não alterou sua política, mantendo a expectativa do mercado de que os estímulos por lá não sejam retirados tão cedo.