O Ibovespa acompanhou os ganhos nas bolsas internacionais e ficou bem perto dos 96 mil pontos ontem. O bom desempenho dos ativos foi gerado pelo otimismo dos investidores envolvendo as eleições americanas e novos estímulos econômicos no país. Entenda mais abaixo em nosso Morning Call:

A leitura do mercado durante o pregão de ontem foi de que os Democratas levariam não apenas a Presidência, mas também o controle do Senado e da Câmara, elevando a probabilidade de que um pacote fiscal mais volumoso seja aprovado nos Estados Unidos.

Até a manhã desta quarta-feira, contudo, a aposta em uma onda democrata não se confirmou e o desempenho de Donald Trump vem superando as projeções. Até as 6h de Brasília, o atual presidente tinha 213 delegados, contra 227 de Joe Biden, na contagem do The New York Times.

Estados cruciais para a definição do pleito, como Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, ainda não terminaram de contar seus votos e não é certo que um vencedor seja definido hoje. Nesse contexto, as bolsas europeias negociam em leve alta hoje, enquanto o mercado futuro nos Estados Unidos registra ganhos mais firmes.

Vacina e balança comercial

Já aqui no Brasil, a Anvisa autorizou ontem a retomada dos testes com a vacina anti-coronavírus da Johnson & Johnson, que haviam sido suspensos no dia 12 de outubro. A substância é uma das quatro candidatas que receberam autorização da agência para a última fase de experimentos.

E o Ministério da Economia informou ontem que a balança comercial registrou superávit de quase 5 bilhões e meio de dólares. O número veio um pouco abaixo das projeções do Safra e do mercado, que giravam em torno de 6 bilhões de dólares. O resultado observado se deve a uma queda de 20% nas importações em relação ao ano passado, combinada com estabilidade nas exportações.

Ata do Copom a autonomia do BC

O Banco Central divulgou ontem a ata do Copom, com mais detalhes sobre suas decisões de política monetária. O documento revelou uma postura mais incisiva da instituição com relação ao fim do ciclo de cortes na Selic, além de indicar que medidas que comprometam as contas públicas podem provocar a retirada do atual forward guidance, mesmo que o teto de gastos não seja explicitamente modificado.

E ainda sobre o BC, ontem o Senado aprovou o texto que busca conferir autonomia formal à instituição. Apoiado por Roberto Campos Neto, o projeto de lei define um mandato de quatro anos para a presidência do Banco Central, sempre com início no terceiro ano de mandato do Presidente da República, com possibilidade de uma recondução por mais quatro anos. O texto segue agora para análise da Câmara dos Deputados.