O Ibovespa, o principal índice de ações da Bolsa, chegou a abrir em alta ontem, mas logo cedeu e devolveu os ganhos da véspera. No fechamento, o índice registrava queda de 0,96%, aos 119.199 pontos. Já o dólar comercial encerrou em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,44. 

Economia americana 

O movimento foi influenciado pela cautela vista nos mercados internacionais. Nos Estados Unidos, por exemplo, o S&P 500 também registrou um dia no negativo, em baixa de 0,44%, apesar de esboçar uma reação durante a tarde.

Por lá, os dados semanais de novos pedidos de seguro desemprego decepcionaram. Enquanto os analistas americanos aguardavam uma queda no indicador, foi observado um aumento de 13 mil novos pedidos, para 861 mil, no maior nível em um mês.

Os números da semana anterior também foram revisados para cima, evidenciando a dificuldade de recuperação no mercado de trabalho neste início de ano.

Petróleo no cenário internacional

Ainda no cenário internacional, o preço do barril de petróleo, que havia sustentado um forte desempenho nos últimos dias com a crise energética no Texas, também virou para o negativo. No radar, está a possibilidade de um aumento na produção pela Opep, grupo de países exportadores de petróleo.

Combustíveis no Brasil 

Já no Brasil, destaque para um novo aumento dos combustíveis nas refinarias, que foi anunciado ontem pela Petrobras. Com vigência a partir de hoje, o preço por litro subiu 23 centavos para a gasolina e 34 centavos para o diesel.

Este é o quarto reajuste no ano para a gasolina, e o terceiro reajuste para o diesel.

Agenda do dia

Para hoje, a agenda de indicadores econômicos, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, está esvaziada.

Auxílio emergencial

As discussões em torno do auxílio emergencial continuam no radar do mercado, e ontem ganharam novos desdobramentos.

Os líderes do Senado se comprometeram a votar a PEC Emergencial na próxima quinta-feira, e o senador Márcio Bittar deve apresentar seu parecer sobre o tema até segunda-feira.

A PEC Emergencial é um mecanismo que cria gatilhos para conter os gastos da União, Estados e municípios.

E a aprovação desse texto abriria caminho para o governo enviar uma medida provisória para a retomada do auxílio emergencial, que deve ser implementado em março.

A previsão é que o número de beneficiários seja significativamente menor que na rodada anterior, assim como os valores a serem pagos. Estas definições, no entanto, ainda estão sendo negociadas.