O Ibovespa alcançou o seu segundo mês de ganhos, impulsionado sobretudo pelas ações da Petrobras e do setor financeiro. Com alta de 7%, o índice brasileiro foi um dos maiores destaques de janeiro, tendo em vista o clima de cautela que prevaleceu no exterior.

No mercado cambial, o dólar recuou quase 5% no mês. Ontem a moeda americana chegou a ser negociada abaixo de R$ 5,30 pela primeira vez em mais de quatro meses.

Já nos Estados Unidos, mesmo com a recuperação das últimas duas sessões, o índice S&P 500 passou pelo seu mês mais negativo desde março de 2020, que marcou o auge da crise da Covid sobre os mercados.

O movimento de vendas por lá atingiu principalmente as ações de tecnologia, diante da leitura de que o aumento de juros planejado pelo Fed deve afetar com mais força o setor.

Outro movimento que marcou o primeiro mês de 2022 foi o aumento nos preços do petróleo. O barril de Brent subiu mais de 15% no período, cotado no maior nível desde 2014.

Na agenda econômica, ontem foram conhecidos novos dados fiscais e de emprego no Brasil.

Segundo o Banco Central, a dívida bruta do governo terminou o ano passado perto dos R$ 7 trilhões. O montante é equivalente a 80,3% do PIB, cerca de oito pontos percentuais a menos do que o verificado em 2020.

O movimento se deve principalmente ao crescimento do PIB nominal, isto é, sem ajustar pela inflação do período.

Já o Caged apontou um fechamento líquido de 266 mil vagas com carteira assinada em dezembro, número mais negativo do que o esperado pelo mercado, mas em linha com a projeção do Safra. Com esse resultado, o setor formal criou 2,7 milhões de postos em 2021.

Também acompanhamos as novas projeções reunidas no Relatório Focus. Com a divulgação de um IPCA-15 menos favorável do que se esperava na semana passada, a expectativa para a inflação em 2022 subiu pela terceira vez seguida, e já está praticamente em 5,4%.