Com a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado, o Ibovespa acumulou alta de 2,8% na semana passada, o melhor desempenho em seis meses. Na máxima do último pregão, o índice chegou a operar perto dos 107 mil pontos.

O firme avanço ocorreu mesmo diante de um ambiente mais cauteloso no exterior. Nos Estados Unidos, por exemplo, os índices sofreram uma segunda semana de queda.

Na sexta-feira, os negócios por lá foram pressionados por uma geração de postos de trabalho mais fraca do que o esperado. Por outro lado, a taxa de desemprego surpreendeu positivamente ao recuar de 4,6% para 4,2%.

Enquanto isso, aqui no Brasil, a produção industrial apresentou queda de 0,6% na passagem de setembro para outubro. Foi o quinto resultado negativo consecutivo.

Um dos destaques foi o recuo do grupo de bens intermediários, que reúne produtos como combustíveis, peças e insumos para indústria, sinalizando uma redução da produção à frente.

E a semana que se inicia prevê eventos importantes para os investidores. Internamente, o mercado aguarda a decisão de juros do Comitê de Política Monetária do Banco Central.

O anúncio sairá na quarta-feira à noite, e a previsão é que a Selic seja elevada mais uma vez em 1,5 ponto percentual, alcançando o nível de 9,25% ao ano.

Além disso, a inflação volta ao radar, com novos dados a serem divulgados na China, nos Estados Unidos e também aqui no Brasil.

Outro ponto a se monitorar é a redução nos preços dos combustíveis, que, segundo o presidente da República, será anunciada pela Petrobras esta semana.

Na área sanitária, seguiremos acompanhando as informações sobre a nova variante do coronavírus. Dados preliminares apontam que a ômicron poderia causar reinfecções e também escapar das proteções das atuais vacinas, mas sem provocar quadros graves.

No entanto, ainda são aguardados estudos com um número maior de observações para que o comportamento da variante seja melhor entendido.