Após as fortes baixas observadas pela manhã, tivemos um alívio no sentimento de cautela dos investidores ao longo da última sessão.

Nos Estados Unidos, o S&P 500 chegou a recuar à menor pontuação em nove meses, mas conseguiu apagar as perdas, encerrando em firme alta de 1,5%. Aqui no Brasil, o Ibovespa não saiu do campo negativo, mas diminuiu bastante as quedas, que chegaram a ultrapassar os 2%.

A alta dos preços do petróleo também perdeu força, levando a cotação de encerramento a ficar abaixo dos US$ 100 por barril. Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que planeja liberar novamente parte das reservas estratégicas de petróleo dos países, caso seja necessário. Seria uma medida com o objetivo de impedir uma pressão ainda maior sobre os preços dos combustíveis, umas das principais fontes de inflação no último ano.

A Casa Branca ainda anunciou, assim como outros governos, uma série de respostas comerciais e financeiras à Rússia, evitando assim conflitos diretos entre as potências militares.

Entre os números econômicos, a taxa oficial de desemprego no Brasil caiu para 11,1% no quarto trimestre, representando 12 milhões de pessoas em busca de trabalho no país.

O resultado veio melhor do que o esperado pelo Safra, com destaque para o total da população empregada, que voltou ao nível pré-pandemia, perto de 96 milhões de pessoas.

Outro dado importante conhecido ontem foi o resultado primário do governo central. O superávit em janeiro ficou em R$ 76,5 bilhões, bem acima das expectativas, sendo o melhor resultado da série histórica.

O resultado do mês passado se deve principalmente ao forte crescimento da arrecadação, que, como já comentamos, foi impulsionado pelas declarações de impostos sobre os lucros das empresas.

E hoje, na agenda de indicadores, o mercado acompanha a variação em janeiro do índice americano de inflação PCE, o preferido pelo Fed. O Safra projeta avanço de 0,7% no mês, e de 6,2% em 12 meses.