O principal índice de ações da Bolsa, o Ibovespa, voltou a apresentar um dia no negativo, perdendo agora a marca dos 120 mil pontos após um recuo de 0,82%. O mercado brasileiro seguiu na contramão do exterior. 

Confira os principais assuntos do mercado financeiro no Morning Call:

Recorde nos EUA

Nos Estados Unidos, os três principais índices de ações, o S&P 500, o Dow Jones e o Nasdaq, encerraram em suas máximas históricas. Os índices registraram avanços de 0,83%, 1,39% e 1,97%, respectivamente.

A performance veio em meio à posse de Joe Biden, que tem se traduzido em um reflexo positivo no mercado ao reduzir incertezas e sugerir novos estímulos. O discurso do novo presidente, como era esperado, teve como foco a união do país.

E, entre seus primeiros atos, Biden já assinou 17 ordens executivas, incluindo o retorno dos Estados Unidos à OMS e ao Acordo de Paris.

Covid-19

No Brasil, o Ibovespa chegou a abrir com ganhos, mas virou para queda ao longo do dia. Por aqui, continuam as incertezas quanto ao ritmo de vacinação pela falta de insumos para produzir os imunizantes.

Também acompanhamos a possibilidade de novas restrições na circulação de pessoas devido à alta na taxas de ocupação das UTIs. Em São Paulo, por exemplo, o governo confirmou que fará amanhã a reclassificação no plano de quarentena, o que pode levar a um endurecimento nas regras.

O tema pode trazer reflexos no lado fiscal, caso sejam retomadas as medidas de auxílio, que se encerraram no final do ano passado.

Lives

E nesta quinta-feira, teremos duas lives. Às 10 horas começa mais uma edição da Tech Thursday. O convidado é Pedro Giroto, da Kovi, uma startup no segmento de mobilidade.

E às 16 horas conversaremos sobre o cenário para a economia e os investimentos

Mudança no Copom

Ontem à noite, o Copom realizou sua primeira reunião de política monetária do ano. Como esperado, a taxa Selic foi mantida em 2% ao ano.

O foco, no entanto, estava no comunicado, uma vez que havia o debate no mercado se o BC manteria ou excluiria a prescrição futura, ou seja, a sinalização de que os juros continuariam baixos nas próximas reuniões.

Em seu comunicado, a autoridade monetária explicou que as condições para manter a prescrição futura deixaram de existir, com destaque para a inflação, que agora aproxima-se da meta nas projeções do Banco Central.

Para o nosso time de Macroeconomia, essa mudança no olhar sobre a inflação pode levar a uma antecipação na previsão de alta dos juros, que em nosso cenário base está para agosto. A ata, que será divulgada na próxima semana, irá trazer mais detalhes sobre a decisão do Copom.