Os mercados tiveram mais uma sessão de correção ontem, com um receio mais intenso relacionado à variante ômicron do coronavírus.

Além dos índices de ações, os preços do petróleo também passaram por uma firme queda, por conta dos possíveis impactos de novas restrições sobre a retomada da economia global.

Um exemplo foi o adiamento do Fórum Econômico Mundial, que estava previsto para ocorrer no mês que vem, na Suíça.

Pelo lado mais positivo do noticiário de saúde, a farmacêutica Moderna informou ontem que uma terceira dose da sua vacina contra a Covid seria eficaz no combate à variante ômicron, um resultado preliminar semelhante ao obtido pela Pfizer.

No entanto, outro evento que adicionou cautela aos negócios foi a perspectiva de que o pacote de quase US$ 2 trilhões em investimentos sociais e ambientais pode não ser aprovado nos Estados Unidos.

Isso porque o senador democrata Joe Manchin afirmou que não irá apoiar a proposta, sinalizando que o Partido Republicano poderá conseguir barrar a aprovação da medida.

As expectativas do mercado para a inflação continuam a ser um tema importante aqui no Brasil. O Relatório Focus mostrou ontem uma nova semana de relativa estabilidade nas projeções, que vinham piorando anteriormente.

Mas vale assinalar que a mediana das projeções para o IPCA em 2022 segue levemente acima do teto da meta do Banco Central, de 5%.

A agenda de dados econômicos segue menos movimentada hoje, com destaque para o levantamento da FGV sobre a confiança do consumidor no mês de dezembro.

Na última sondagem, o índice havia recuado para o menor nível desde abril, diante do aumento de juros e da inflação no Brasil.

Também teremos a prévia do indicador de confiança do consumidor na Europa, que pode mostrar os impactos da nova onda de Covid no continente.

Já em Brasília, a Comissão Mista de Orçamento deve iniciar nesta manhã a votação do projeto de lei orçamentária para o ano que vem.