A preocupação dos investidores com o ímpeto da economia chinesa afetou as bolsas ontem. O Ibovespa foi um dos índices mais impactados e chegou a perder o nível de 119 mil pontos durante o pregão.

Isso porque as ações ligadas ao setor de commodities, que respondem por boa parte do comportamento do índice brasileiro, têm o seu desempenho bastante atrelado ao ritmo da China.

A Vale, por exemplo, chegou a perder 2% ontem, depois que o país asiático divulgou dados mais fracos do que o esperado para a indústria e comércio em julho. No entanto, a mineradora se recuperou e fechou em alta de 0,5%, na esteira da recuperação do mercado americano, que conseguiu alcançar mais um dia de recordes.

A cautela com a China vem sendo reforçada por algumas medidas restritivas no país, como o fechamento de um terminal no terceiro porto mais movimentado do mundo, com o objetivo de impedir a disseminação da variante delta do coronavírus.

Além disso, a região central da China vem sofrendo com inundações desde o mês passado, com impactos sobre a atividade.

Internamente, estiveram entre os destaques as atualizações do Relatório Focus. O consenso de mercado apurado pelo Banco Central para o IPCA em 2021 subiu pela 19ª semana seguida, rompendo a marca de 7%. A previsão para 2022 também foi elevada e chegou a 3,9%.

A mediana das projeções para a Selic ao fim do ano foi outra novidade, subindo para 7,5%, a mesma estimativa do Safra.

Na agenda de hoje, os investidores repercutem nesta manhã os dados de emprego no Reino Unido, assim como o PIB da Zona do Euro observado no segundo trimestre.

O mercado ainda irá acompanhar as declarações do presidente do banco central americano, bem como os dados de produção industrial e vendas de varejo nos Estados Unidos.

Mais tarde, iremos monitorar, aqui no Brasil, a votação da reforma do Imposto de Renda na Câmara dos Deputados.