O Ibovespa sofreu uma correção no último pregão, um movimento natural após três dias seguidos de ganhos. A cautela com o ritmo da economia brasileira também pesou sobre os negócios.

Segundo o IBGE, o setor de serviços recuou 0,6% na passagem de agosto para setembro, interrompendo uma sequência de cinco meses de crescimento. O resultado veio em linha com o esperado pelo Safra e bem abaixo do consenso de mercado.

Mas vale destacar o avanço de mais de 1% dos serviços prestados às famílias, grupo que inclui, por exemplo, atividades de hotéis e restaurantes, que seguem em recuperação na esteira da vacinação da população brasileira.

Apesar da queda na sexta-feira, o Ibovespa conseguiu sustentar uma alta de 1,4% na última semana, uma recuperação razoável, se considerarmos as realizações de lucros vistas nos Estados Unidos no mesmo período.

O S&P 500, por exemplo, recuou 0,3% na semana passada. E ontem, enquanto a Bolsa brasileira esteve fechada, os índices americanos encerraram praticamente sem variação.

Já a semana que se inicia deve ser mais calma na frente de indicadores para o Brasil. O destaque é o IBC-Br de setembro, que será conhecido nesta manhã.

O índice é considerado uma aproximação do PIB e o Safra projeta um recuo de 0,6%, reflexo de um desaquecimento da economia no período.

Vale lembrar também que está previsto para hoje o resultado da Eletrobras, a última grande empresa listada no Brasil a reportar seu balanço do terceiro trimestre.

A agenda internacional, por outro lado, prevê mais números importantes. Ontem tivemos novos dados sobre duas das maiores economias do mundo.

O PIB do Japão recuou a uma taxa anualizada de 3% no terceiro trimestre, um resultado mais fraco do que o esperado. Já a China surpreendeu positivamente, ao anunciar um aquecimento em outubro na produção industrial e nas vendas de varejo.

E hoje iremos conhecer o desempenho dos mesmos dois setores nos Estados Unidos, também em outubro.