Um novo ponto de atenção aparece no radar dos investidores. Os preços do petróleo estão em forte queda após uma reunião entre a Rússia e a Opep falhar em chegar a um acordo na sexta-feira.

Com as incertezas trazidas pelo coronavírus ao crescimento econômico global, os países discutiram cortes na produção de petróleo para tentar combater a recente baixa nos preços. Como as negociações falharam, a Arábia Saudita, que é uma das maiores exportadoras da commodity no mundo, anunciou no sábado um forte corte de preços.

Se prolongada, a mudança nos preços do petróleo tem efeitos na economia real. Se, por um lado, essa pode ser uma boa notícia para os consumidores, por outro lado há uma preocupação com o desempenho das grandes empresas petrolíferas e no sentimento de aversão a risco.

Este foi o principal assunto do Morning Call de hoje, que você pode conferir abaixo.

Mercados em queda ao redor do mundo

Em reação ao reajuste de preços anunciado pela Arábia Saudita, os contratos futuros de petróleo chegaram a cair cerca de 30% ontem à noite. Este foi o maior impacto desde a Guerra do Golfo, em 1991.

Na Europa, o índice Stoxx Europe 600, que reúne as ações de algumas das mais importantes empresas do continente europeu, registra perdas ao redor de 7%.

Nos Estados Unidos, os contratos futuros do índice S&P 500 atingiram o limite de baixa de 5% nesta manhã. Pelas regras do mercado norte-americano para as negociações de contratos futuros, não é possível realizar operações abaixo desse limite de 5%.

Por aqui, o principal índice de ações da Bolsa, o Ibovespa, abriu com queda superior a 8,5%. O dólar tem mais um dia de ganhos e avança para R$ 4,79.

As cotações acima foram atualizadas às 10h20.

Agenda da semana

Nesta segunda-feira, o foco dos investidores deve permanecer na reação global ao choque nos preços do petróleo.

Para os próximos dias, além de seguir acompanhando o noticiário em torno do coronavírus, também teremos novas prévias das eleições norte-americanas na terça-feira e a reunião de política monetária na zona do euro na quinta-feira, com possibilidade de corte de juros.

No Brasil, a agenda econômica traz dados de produção industrial de janeiro e o IPCA de fevereiro.