Os negócios ao redor do mundo foram marcados ontem pelo maior apetite a risco. Nos Estados Unidos, S&P 500 e Nasdaq ampliaram seus recordes mais uma vez, impulsionados pelo otimismo com a vacinação no país.

Contribuiu ainda por lá a perspectiva de que os deputados americanos conseguirão votar no mês que vem o pacote de infraestrutura de 1 trilhão de dólares já aprovado pelo Senado, abrindo caminho para investimentos ainda mais amplos defendidos pela Casa Branca.

O mercado brasileiro foi um dos mais beneficiados ontem pelo bom humor dos investidores. O Ibovespa voltou a fechar acima dos 120 mil pontos e o real ganhou mais de 2% contra o dólar.

O índice de ações foi puxado pelo salto de quase 4% das ações da Vale, graças à recuperação do preço do minério de ferro, que também ajudou os papéis das siderúrgicas.

Em relação ao noticiário de Brasília, o mercado recebeu bem as declarações do presidente da Câmara dos Deputados.

Arthur Lira confirmou ontem que a reforma do Imposto de Renda não será votada nos próximos dias, e disse que o relatório da reforma administrativa deve ser apresentado ainda nesta semana.

O deputado defendeu ainda que uma solução para o pagamento dos precatórios seja avaliada com apoio do STF, e afirmou que os parlamentares não passarão propostas que desrespeitem o teto de gastos.

Quanto à agenda de hoje, o destaque é a prévia da inflação observada em agosto. Esperamos que o IPCA-15 acelere para 0,83%, pressionado pelo preço dos alimentos.

Iremos acompanhar ainda o julgamento do STF sobre a lei de autonomia do Banco Central. Segundo a imprensa, os ministros da Corte devem manter a aprovação do texto, decidida em fevereiro.