Após duas sessões de recuperação, o Ibovespa voltou a recuar e acumulou variação negativa de mais de 3% na semana passada. Na sexta-feira, preocupações com o estado de saúde de Donald Trump foram as principais responsáveis por derrubar os mercados.

O presidente americano foi diagnosticado com Covid-19 e precisou ser internado em um hospital militar para se tratar. Segundo autoridades médicas, Trump chegou a receber oxigênio suplementar para respirar na semana passada, mas a expectativa é que ele retorne à Casa Branca hoje.

Veja abaixo o Morning Call completo:

Também pressionaram os negócios na sexta-feira os números do mercado de trabalho americano. Em setembro, foi registrada criação líquida de 661 mil postos, praticamente 200 mil vagas abaixo da expectativa do mercado.

Entre as novidades aqui no Brasil estiveram a prorrogação de alguns estímulos à economia. O Banco Central estendeu até abril do ano que vem a redução dos compulsórios que os bancos são obrigados a recolher, o que, na prática, significa que há mais recursos disponíveis para serem emprestados. O governo, por sua vez, decidiu manter até o fim do ano a alíquota zero para o IOF nas operações de crédito.

Recuperação econômica

O IBGE informou na sexta-feira que a indústria cresceu 3,2% de julho para agosto, na série com ajuste sazonal. Essa foi a quarta alta consecutiva no indicador. O resultado veio em linha com a expectativa da equipe de Macroeconomia do Safra, que destaca que a recuperação do setor vem ocorrendo de maneira mais rápida do que se esperava.

E diante do aumento na produção de insumos típicos da construção civil, nossa equipe reforça que esse segmento deve ser um impulsionador de crescimento e de geração de empregos nos próximos meses.

Também conhecemos na sexta-feira um indicador que sinaliza o estado da economia já em setembro. A federação de concessionárias no país informou que foram vendidos pouco mais de 328 mil veículos no mês, uma alta de quase 10% em relação ao período imediatamente anterior.

Nossos especialistas destacam que os últimos levantamentos divulgados apontam que a economia brasileira tem conseguido uma das recuperações mais rápidas no mundo. Entretanto, ainda pairam receios em torno dos aumentos de preços, bem como do fim dos auxílios emergenciais na virada do ano, e do compromisso do país com a disciplina fiscal.