As bolsas ao redor do mundo registraram queda ontem, em mais um dia marcado pelo receio de que as economias precisem voltar a impor restrições às atividades. Veja o Morning Call completo abaixo:

Os temores foram acentuados pelas notícias de que o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciaria novas ações de distanciamento em âmbito nacional. Com isso, as bolsas europeias tiveram ontem suas piores quedas desde julho. As perdas passaram dos 3% em Londres, e dos 4% em Frankfurt.

Aqui no Brasil, o Ibovespa chegou a perder os 96 mil pontos na primeira metade do pregão, mas conseguiu recuperar parte da queda ao longo dos negócios. Os resultados mais negativos vieram de Gol e Azul. Muito afetadas pela possibilidade de mais medidas de quarentena, as ações das companhias aéreas fecharam em baixa de cerca de 8%.

Já nos Estados Unidos, o dia mais uma vez foi de queda nos três principais índices de ações. Dow Jones, Nasdaq e SPX caminham para encerrar o primeiro mês no vermelho desde março, quando a pandemia de coronavírus foi decretada.

Europa preocupa

Como tem acontecido ao longo deste ano, o noticiário envolvendo os contágios de coronavírus e as ações de combate à pandemia vem trazendo volatilidade aos preços dos ativos. Em junho, por exemplo, o mercado reagiu com força à reaceleração de casos em Estados americanos como Flórida e Texas.

Desta vez, o foco das preocupações está na Europa. Na Espanha, quase 1 milhão de moradores da região metropolitana de Madri passaram ontem a conviver novamente com restrições de mobilidade, com o objetivo de frear uma nova onda de Covid.

Já no Reino Unido, o nível de alerta foi elevado ontem e as principais autoridades médicas do governo avisaram que um patamar de 50 mil novos casos diários pode ser atingido no mês que vem por lá, se novas medidas de confinamento não forem aplicadas.