O Ibovespa subiu pelo segundo dia consecutivo, chegando a operar acima dos 113 mil pontos no último pregão. Os negócios ganharam força após a divulgação de novas informações do banco central dos Estados Unidos.

O índice S&P 500, por exemplo, encerrou em firme alta de 1%, quebrando uma série de quatro sessões de queda.

Isso porque, além da crise da Evergrande na China, os investidores vinham evitando assumir posições mais significativas que pudessem ser prejudicadas por um eventual tom mais duro do que o esperado por parte do Fed. Como isso não aconteceu, o apetite a risco voltou a prevalecer nos mercados.

Entre os principais números conhecidos ontem estiveram as projeções trimestrais da instituição. A inflação esperada para este ano de 2021 foi elevada de 3,4% para 4,2%. Além disso, mais dirigentes passaram a prever um aumento de juros já em 2022.

Mas esse movimento vai depender da evolução do mercado de trabalho. A taxa de desemprego por lá, que chegou a ficar próxima de 15% no ano passado, vem recuando com a retomada da economia americana, mas ainda se encontra bem acima do nível pré-pandemia.

Já sobre o programa de compra de ativos, o presidente do Fed, Jerome Powell, deixou aberta a possibilidade de uma redução já a partir da próxima reunião de política monetária, que acontece no início de novembro.

Aqui no Brasil, o Copom ontem elevou a Selic para 6,25% ao ano, como era esperado pelo Safra e pela maioria dos analistas.

A decisão se deu novamente de maneira unânime e o comunicado do comitê indica que a próxima reunião trará um aumento da mesma magnitude. Segundo os dirigentes, esse ritmo de ajuste de 1 ponto percentual seria atualmente o mais adequado para garantir a convergência da inflação para a meta nos próximos anos.

Nesse contexto, o Safra segue prevendo que a Selic chegará a 8% ao fim do ano, nível restritivo para a atividade econômica.

E na agenda de hoje, o mercado repercute dados preliminares de atividade em algumas das maiores economias do planeta, e também avalia o anúncio de política monetária do Banco da Inglaterra.