Tivemos ontem um movimento global de redução nas posições de risco dos investidores. Isso pôde ser observado tanto na maior procura por ativos considerados seguros, como títulos do Tesouro americano, quanto na onda de vendas de ações que impactou os principais índices do mundo.

O mercado imobiliário da China segue como um dos maiores focos de preocupação. Isso porque ainda são incertos os efeitos de um eventual calote da Evergrande, que tem dívidas da ordem de US$ 300 bilhões.

Ainda não está totalmente descartado um possível socorro do governo chinês, e os investidores devem continuar monitorando a situação da incorporadora, que tem pagamentos importantes a fazer nesta semana.

Aqui no Brasil, o Ibovespa não escapou da tendência generalizada de baixa lá fora e fechou no menor nível em dez meses.

A perspectiva é de um cenário ainda volátil no curto prazo, mas a visão do Safra para diversas empresas brasileiras permanece positiva, de modo que recomendamos moderação em eventuais movimentações de portfólio.

Vale também ter atenção para oportunidades de investimento que possam se abrir para horizontes de mais longo prazo.

E temos observado um momento de cautela também no mercado dos Estados Unidos.

Após os recordes obtidos no início do mês, os índices de ações por lá refletem atualmente uma realização mais firme de lucros, enquanto muitos investidores operam em compasso de espera por uma definição sobre a postura do banco central americano, e sobre eventuais aumentos de impostos no país.

Por outro lado, tivemos notícias mais positivas na frente sanitária. A Pfizer afirmou ontem que a sua vacina contra a Covid é eficaz para crianças de 5 a 11 anos, e disse que em breve solicitará autorização para aplicar o imunizante nessa faixa etária.

Além disso, autoridades dos Estados Unidos informaram ontem que o país voltará a receber viajantes, inclusive do Brasil, a partir de novembro, encerrando uma proibição que já dura mais de um ano.