Os negócios seguem marcados pelas oscilações tanto no Brasil, quanto no exterior. Ontem, o Ibovespa operou em alta durante a maior parte da sessão, enquanto, nos Estados Unidos, esse comportamento positivo foi visto apenas no início da tarde.

Isso se deu em meio a um alívio pontual com a situação na fronteira da Ucrânia, associado a sinais de que o governo russo estaria encerrando alguns exercícios militares na região, e continuaria disposto a buscar soluções diplomáticas para suas demandas de segurança.

Além disso, o governo ucraniano estaria disposto a desistir da adesão à Otan, a principal fonte das recentes tensões na região.

Por outro lado, a aversão a risco ganhou força depois que o governo dos Estados Unidos decidiu fechar a sua embaixada na capital Kiev, deslocando o corpo diplomático para perto da fronteira com a Polônia.

Internamente, o Relatório Focus apontou mais uma alta na projeção para a inflação deste ano. É a quinta semana seguida de aumento.

No entanto, a expectativa para 2023, que passou a ser mais importante para a atuação do Banco Central, permaneceu mais uma vez em 3,5%, bem perto do centro da meta da instituição.

Na agenda de hoje, o mercado repercute os novos dados de emprego do Reino Unido, bem como o PIB da Zona do Euro. Já nos Estados Unidos, o destaque é o índice PPI, que mede a variação dos preços no atacado.

Aqui no Brasil, o Tribunal de Contas da União aprecia o processo que trata da privatização da Eletrobras. Enquanto isso, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado sabatina dois indicados para a diretoria do Banco Central.

A FGV, por sua vez, apresenta o resultado de dezembro do Monitor do PIB. Sobre esse tema, a previsão do Safra é que o crescimento do Brasil em 2021 tenha ficado em 4,5%, projeção corroborada na última sexta-feira pelo índice de atividade econômica do Banco Central.

Vale destacar que boa parte do avanço se deve ao que chamamos de carregamento estatístico. Ou seja, a expansão do ano passado, se comparada apenas ao último trimestre de 2020, deve ter sido de menos de 1%.

Isso evidencia o desafio para este ano de 2022, em que o vigor da atividade econômica deve continuar pressionado pelos fortes aumentos nas taxas de juros.