O mercado brasileiro deu sequência ao bom momento deste início de ano, marcado por um ingresso importante de recursos estrangeiros. Ontem, o Ibovespa testou os 113 mil pontos, enquanto o dólar chegou a operar na casa dos R$ 5,35.

A sequência de altas por aqui contrasta com a volatilidade dos índices americanos, que seguem sem conseguir sustentar até o fechamento os ganhos vistos em alguns momentos dos negócios.

Isso voltou a ocorrer ontem, mesmo após a divulgação de uma aceleração mais forte do que se esperava dos Estados Unidos no último trimestre de 2021.

O PIB do país aumentou a uma taxa anual de 6,9%, impulsionado principalmente pela recomposição dos estoques das empresas, que compensou a contração nos gastos do governo no período. Assim, a maior economia do mundo cresceu 5,7% em 2021, o melhor resultado em quase 40 anos.

O número reflete a rápida recuperação da atividade por lá, após a retração provocada pela pandemia em 2020. Mas vale lembrar que a perspectiva é de um ritmo mais moderado neste ano de 2022, com crescimento em torno de 4%.

Ainda sobre a economia americana, acompanhamos ontem os dados semanais de seguro-desemprego no país.

Foram registrados 260 mil novos pedidos, um resultado melhor do que o da semana anterior, quando um aumento mais forte do que o esperado adicionou cautela aos negócios.

O mercado de trabalho hoje está no centro das atenções dos investidores no Brasil. Nesta manhã, o IBGE informa a taxa oficial de desemprego do país, e a previsão do Safra é de mais uma queda, desta vez para 11,8%.

Também são aguardados os novos dados do Caged, com o desempenho do setor formal em dezembro. A estimativa do Safra é de fechamento líquido de 270 mil postos com carteira assinada.

Já na frente fiscal, iremos acompanhar o resultado primário do governo em dezembro. A expectativa é por mais um superávit.

Enquanto isso, no exterior, o mercado repercute o anúncio do PIB da Alemanha verificado no quarto trimestre do ano passado.

Outro número importante é o índice PCE, o preferido pelo Fed para acompanhar o comportamento da inflação americana. O consenso de mercado prevê uma alta mensal de 0,5% e anual de 5,8%.