Após passarem a maior parte da sessão em baixa, os índices dos Estados Unidos viraram para uma alta de mais de 1% ontem, um movimento que impulsionou o Ibovespa aqui no Brasil.

Isso porque o banco central americano anunciou um aperto monetário em linha com o que já era esperado pelos investidores.

O Fed manteve a taxa básica de juros perto de zero, mas decidiu dobrar o ritmo de redução do seu programa de compras de ativos, indicando que o processo será concluído por volta de março do ano que vem.

Com isso, os dirigentes passaram a projetar três aumentos de juros já em 2022, com objetivo de controlar a inflação, que vem atingindo níveis historicamente elevados no país.

O presidente da instituição já havia sinalizado há duas semanas a postura mais rigorosa. Ontem, Jerome Powell reforçou que o cenário permite uma retirada mais rápida dos estímulos, mas ponderou que os aumentos de juros projetados dependem da evolução da economia americana para serem concretizados.

O comportamento dos índices de preços também gera preocupação no Reino Unido. A inflação em 12 meses na região saltou para 5,1%, o maior nível em dez anos.

O avanço divulgado ontem foi mais intenso do que o esperado pelo mercado, aumentando a pressão sobre o Banco da Inglaterra, que divulga a sua decisão de política monetária nesta manhã, assim como o Banco Central Europeu.

Aqui no Brasil, monitoramos ontem a divulgação do IBC-Br de outubro. O índice veio um pouco melhor do que a projeção do Safra, recuando 0,4% ante setembro.

Ainda assim, o número confirma um início de quarto trimestre difícil para a atividade econômica, uma vez que a previsão preliminar para novembro é de nova retração.

Na agenda de hoje, além dos anúncios de juros na Europa, temos os dados de produção industrial dos Estados Unidos em novembro.

Ontem, foi informado que o varejo do país sustentou, também em novembro, um novo crescimento, embora a um ritmo mais moderado do que as expectativas.

Internamente, o Banco Central divulga o último Relatório de Inflação do ano, trazendo as estimativas da instituição para a economia brasileira.