O Ibovespa acompanhou as bolsas americanas e voltou a fechar em queda ontem. Pesou sobre os ativos a perspectiva dos investidores de que os estímulos monetários nos Estados Unidos podem começar a ser reduzidos já neste ano.

Essa leitura ganhou força com a divulgação dos detalhes sobre a última decisão de política monetária do banco central americano.

A ata da reunião mostrou que a maioria dos membros do Fed julga que, com a meta de inflação já atingida, o progresso visto no mercado de trabalho permitiria uma diminuição, em 2021, no ritmo de compra de títulos pela instituição.

Uma parte dos dirigentes, por outro lado, se mostra mais favorável a esperar até o início do ano que vem para iniciar esse movimento, como projetamos aqui no Safra atualmente.

De todo modo, o impacto visto ontem sobre os mercados se explica pelo menor apetite a risco dos investidores em um eventual ambiente de aperto monetário na maior economia do mundo.

Tivemos ainda algumas novidades na área sanitária ontem. Nos Estados Unidos, o governo anunciou que planeja oferecer doses de reforço das vacinas contra a Covid-19 daqui a um mês.

O objetivo é conter a variante delta e o declínio na eficácia da imunização no país. O plano ainda precisa ser aprovado pela agência americana de saúde.

Por enquanto, as autoridades pretendem aplicar uma terceira dose dos imunizantes da Pfizer e da Moderna. Também deve haver reforço para a vacina da Johnson & Johnson, mas essa definição ainda depende da análise de mais dados.

Aqui no Brasil, o Ministério da Saúde também estuda a possibilidade de indicar uma dose extra. O ministro Marcelo Queiroga afirmou ontem que, caso isso ocorra, o reforço será aplicado inicialmente em idosos e profissionais de saúde.