O Ibovespa chegou a alcançar os 119 mil pontos ontem, mas cedeu no período da tarde, ainda pressionado pelas incertezas fiscais no país. O ministro da Economia, Paulo Guedes, chamou a atenção ontem que uma eventual extensão nos gastos emergenciais precisaria ser compensada no Orçamento do governo.

Nos Estados Unidos, os índices de ações também fecharam em queda, ainda que os principais balanços reportados ontem, da General Electric, Johnson & Johnson e 3M, tenham sido bem recebidos pelos investidores.

Juros nos EUA

Temos hoje mais um dia de eventos importantes, com destaque para a decisão de política monetária nos Estados Unidos. O Federal Reserve irá anunciar sua decisão nesta tarde, e a expectativa é que a taxa de referência siga próxima de zero.

O foco dos investidores estará no discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, que tem se mostrado contrário à reversão dos estímulos na maior economia do mundo.

Contas externas

Aqui no Brasil, iremos conhecer nesta manhã o resultado das contas externas do país em dezembro. O time do Safra espera um déficit de cerca de US$ 5 bilhões em transações correntes, que registram o nosso fluxo de bens, serviços e renda com outros países.

Prévia da inflação

O IBGE mostrou ontem um aumento mais contido nos preços do que a previsão dos economistas do Safra. A prévia da inflação no país ficou em 0,78% em janeiro, após superar 1% no mês anterior. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,30%.

No entanto, nossos especialistas ponderam que os preços de serviços e produtos industriais vieram acima do esperado, e que houve alta em quase todas as categorias monitoradas pelo IBGE. Desse modo, a nossa projeção para o mês janeiro inteiro, que era de alta de 0,3%, foi colocada sob revisão. O resultado oficial será divulgado daqui a duas semanas.

Outro destaque ontem foi a ata do Copom. O documento mostrou que alguns membros do comitê já sugerem que a redução de estímulos extraordinários deve ser considerada pelo Banco Central. Vale destacar que esse tom mais favorável ao aumento da Selic foi um fator importante para a firme apreciação do real ontem.