Após três dias seguidos de ganhos, o Ibovespa terminou o último pregão em queda. Contribuiu para a correção a cautela dos investidores com a inflação no país.

Na sexta-feira, o IBGE anunciou que o avanço do IPCA-15 em julho foi de 0,72%, em meio ao forte aumento das contas de luz. Foi a maior alta da prévia para este mês desde 2004, superando as projeções do Safra e do mercado.

Com isso, os investidores passaram a atribuir uma chance maior de apertos monetários mais rápidos no país, um movimento que tende a esfriar a atividade econômica.

No exterior, por outro lado, as bolsas tiveram um desempenho positivo. Os principais índices de ações dos Estados Unidos renovaram seus recordes, com destaque para o tradicional índice Dow Jones, que encerrou acima de 35 mil pontos pela primeira vez.

O bom humor prevaleceu ainda na Europa, onde o Stoxx 600 também ampliou o seu topo histórico. Vale destacar que, segundo o índice preliminar da Markit, a atividade na Zona do Euro atingiu em julho o maior ritmo em 21 anos.

E a última semana de julho será marcada pela divulgação de importantes dados econômicos e corporativos no Brasil e no exterior.

Lá fora, as atenções se voltam para a decisão de política monetária do banco central americano, que será conhecida na quarta-feira. Já no dia seguinte, iremos acompanhar a divulgação do PIB dos Estados Unidos observado no segundo trimestre.

Na agenda doméstica, iremos monitorar números sobre o mercado de trabalho. Entre eles, a taxa oficial de desemprego do Brasil, que será anunciada pelo IBGE na sexta-feira. A projeção do Safra é que a taxa tenha recuado para 14,5%.

Estão previstos também novos números sobre as contas públicas e externas do país.

Além disso, teremos uma das semanas mais importantes desta temporada de balanços. No Brasil, estão previstos relatórios da Vale, Ambev e Santander, enquanto nos Estados Unidos as maiores companhias de tecnologia do mundo, como Apple, Microsoft e Amazon, irão reportar seus resultados.