O Ibovespa acompanhou ontem o cenário externo negativo e fechou abaixo dos 118 mil pontos pela primeira vez em quase um mês. As correções lá fora foram lideradas pelo índice de tecnologia Nasdaq, que fechou com recuo de quase 2% nos Estados Unidos. Já na Europa, a principal retração foi vista na Bolsa de Frankfurt.

Entre os fatores que provocaram as vendas ontem esteve o comentário da secretária do Tesouro americano, Janet Yellen. Ela admitiu que uma alta de juros nos Estados Unidos pode ser necessária em meio a um forte crescimento do país, que deve contar com gastos da ordem de US$ 4 trilhões do governo.

A economista esclareceu depois que a declaração não representava nem uma projeção nem uma recomendação para o Federal Reserve.

Quanto ao noticiário doméstico, foi apresentado ontem em Brasília o parecer da reforma tributária. O texto menciona a substituição de diversos tributos por um Imposto sobre Bens e Serviços.

Na agenda de hoje, as atenções se voltam para a decisão do Copom. Esperamos que o comitê do Banco Central eleve a Selic em 0,75 ponto porcentual, como anunciado na última reunião.

A maior expectativa recai sobre o comunicado que será divulgado após o fechamento do mercado, que pode revelar eventuais mudanças na leitura da autoridade monetária sobre a economia.

Vamos conhecer também hoje o desempenho da indústria brasileira em março. Nossa projeção é de queda de 1,9% ante fevereiro.

Já no exterior, teremos o relatório de emprego do instituto ADP, oferecendo uma indicação sobre a temperatura do mercado de trabalho nos Estados Unidos em abril.