O Ibovespa fechou em alta mais uma vez e retomou os 118 mil pontos, acompanhando a recuperação do mercado americano.

Na semana, porém, os principais índices de ações do mundo acumularam uma variação negativa, em razão principalmente da perspectiva de que os estímulos monetários nos Estados Unidos podem começar a ser enxugados neste ano.

Aqui no Brasil, há uma cautela adicional com a situação fiscal, uma vez que não há sinais claros de que os aumentos em programas sociais serão acompanhados de cortes de gastos em outras frentes.

Nesse sentido, um dos principais fatores de desconforto dos agentes financeiros diz respeito a propostas do governo para honrar suas dívidas judiciais.

A possibilidade de que alguns pagamentos de precatórios sejam adiados e realizados por fora do teto de gastos vem contribuindo para o aumento nas taxas de juros que temos observado ao longo deste mês.

Mas vale lembrar que o tema ainda não está definido, e seguiremos acompanhando como o governo deve lidar com o aumento dessas obrigações judiciais, em especial na lei do Orçamento de 2022.

E a semana que se inicia traz eventos e dados econômicos que demandam atenção dos investidores. Aqui no Brasil, estão previstos dados relativos ao mercado de trabalho e às contas públicas.

Mas o principal número deve ser a prévia da inflação, um tema que vem sendo monitorado de perto pelo mercado.

A leitura do IPCA-15 para o mês de agosto será anunciada na manhã de quarta-feira, e a projeção do Safra é que o índice acelere para 0,83%, acumulando 9,2% em 12 meses.

No exterior, o foco deve recair sobre a conferência anual do banco central americano. O discurso do presidente do Fed está marcado para sexta-feira, e pode trazer mais informações sobre a futura redução de estímulos no país.

E na agenda de hoje, repercute sobre os negócios uma bateria de indicadores preliminares de atividade para algumas das maiores economias do mundo, como Japão, Europa e Estados Unidos.