O Ibovespa manteve a trajetória de ganhos no dia de ontem e retomou os 119 mil pontos, após alta de 0,41%. Com isso, o principal índice de ações da Bolsa zerou as perdas que havia registrado no ano. Já o dólar comercial encerrou em leve queda de 0,08%, cotado a R$ 5,71.

Mercados internacionais

Enquanto seguimos monitorando de perto os desdobramentos em relação ao noticiário político e fiscal, foram os mercados internacionais que deram o tom nas negociações na Bolsa ontem.

O índice S&P 500, nos Estados Unidos, subiu 0,3% e renovou sua pontuação recorde. Já o Nasdaq avançou pouco mais de 1%.

A alta no mercado internacional segue o bom momento recente e vem a despeito da recomendação da agência reguladora dos Estados Unidos para pausar a aplicação da vacina da Johnson & Johnson.

Essa recomendação veio após seis pessoas que tomaram o imunizante terem apresentado casos de coágulo sanguíneo raro. A suspensão é uma medida de cautela para analisar se há relação ou não com a vacina.

A farmacêutica também informou que isso deve atrasar o envio de doses para a Europa.

Inflação e juros nos Estados Unidos

Ainda nos Estados Unidos, conhecemos os dados de inflação ao consumidor. O núcleo do CPI marcou alta de 1,6% em março, na comparação anual, ligeiramente acima do 1,5% esperado.

Para abril, acreditamos que essa medida deve acelerar para 2,2%, com uma influência maior da base de comparação. 

O debate entre inflação e juros nos Estados Unidos tem sido acompanhado de perto pelo mercado.

E hoje à tarde, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, participará de um evento público, e continuaremos monitorando suas declarações sobre os próximos passos da política monetária.

Vendas no varejo

O IBGE divulgou ontem os números das vendas no varejo de fevereiro, com crescimento de 0,6% sobre janeiro, abaixo do 1,5% esperado.

Na comparação com fevereiro de 2020, que representa um período anterior à pandemia, observamos uma queda de 3,9%.

No conceito ampliado, que inclui os segmentos de veículos e materiais de construção, o número surpreendeu positivamente, com alta de 4,1% na comparação mensal, contra nossa projeção de 2,1%. Já na comparação anual, a queda foi de 1,9%.

Para março, no entanto, com a retomada das medidas de distanciamento social, os números devem voltar a apresentar piora. Nossa projeção é de queda de 6,6% no varejo restrito e recuo de 12,5% no varejo ampliado, ambos na comparação mensal.