A abertura dos negócios ontem repercutiu o aumento aprovado pela Câmara dos Estados Unidos ao auxílio pago aos americanos. A proposta ainda precisa ser analisada pelo Senado, onde o impacto fiscal da medida gera mais resistência.

Foi nesse ambiente que tanto o Ibovespa, quanto os índices de ações americanos chegaram a operar acima das suas máximas históricas. Saiba mais no Morning Call do Safra:

Por aqui, o IBGE divulgou ontem uma taxa de desemprego abaixo das estimativas. O nível registrado foi de 14,3% nos três meses até outubro. O time de Macroeconomia do Safra destaca que está em curso uma recuperação relativamente rápida do mercado de trabalho, sobretudo no setor informal.

Também acompanhamos ontem os dados de inflação divulgados pela FGV. O IGP-M avançou quase 1% em dezembro, desacelerando mais do que se projetava, com o alívio dos preços aos produtores. No ano, o índice acumulou aumento de 23,1%, o maior desde 2002.

Já na agenda de hoje, o foco é o resultado primário do setor público em novembro. O número vai consolidar os dados de Estados, municípios e empresas estatais com o déficit de R$ 18 bilhões do governo central no mês.

Melhores investimentos em 2020

Hoje acontece a última sessão de negócios da Bolsa brasileira em 2020. Foi um ano atípico, marcado pela forte volatilidade, mas também por uma recuperação histórica, que recompensou os investidores que souberam agir estrategicamente.

O Ibovespa caminha assim para sustentar uma variação positiva no ano, após ficar entre os investimentos mais rentáveis nos quatro anos anteriores. Mas cabe lembrar que ações de empresas ligadas à exportação de commodities, como Vale e Suzano, e ao comércio online, como Magazine Luiza e Via Varejo, registraram retornos expressivos neste ano.

A bolsa americana, por sua vez, vai fechar o período com ganho de dois dígitos, liderada pelos papéis do setor de tecnologia. Já na renda fixa, os destaques são as debêntures de infraestrutura e os títulos públicos prefixados. Mas, em meio à pandemia, os maiores retornos no ano foram gerados pelos ativos mais defensivos, como euro, dólar e ouro.