A Bolsa brasileira foi um dos destaques positivos de ontem entre os mercados de ações. O Ibovespa recebeu um forte impulso de empresas ligadas a commodities, como a Vale e a Petrobras.

Lá fora, passamos a ver uma volatilidade um pouco maior. Na Europa, a cautela com o aumento de casos de Covid segue pressionando os ativos.

Autoridades da Organização Mundial da Saúde alertam que há evidências de queda na proteção das vacinas ao longo do tempo, defendendo a aplicação de doses de reforço, sobretudo em grupos prioritários como idosos e profissionais de saúde.

Essa preocupação acabou ofuscando os números preliminares de atividade divulgados ontem sobre a economia europeia. Os dados mostraram um firme crescimento em novembro, mas a leitura do mercado é que a região deve sofrer no mês seguinte, com a volta de medidas de restrição.

Já nos Estados Unidos, tivemos resultados mistos. Enquanto o S&P 500 e Dow Jones subiram, o Nasdaq cedeu pelo segundo dia seguido, um comportamento associado à abertura das taxas de juros por lá.

Um dos destaques do noticiário ontem foi a decisão da Casa Branca de liberar nos próximos meses parte das reservas estratégicas de petróleo do país. O objetivo é frear os preços dos combustíveis, que têm puxado a inflação para cima ao redor do mundo.

O governo americano irá colocar em negociação 50 milhões de barris, liderando um esforço que também engloba outros países, como a China e a Índia.

No entanto, a iniciativa não prevaleceu sobre os preços do petróleo, e o barril de Brent encerrou em alta de mais de 3% no pregão de ontem.

E na agenda de hoje, o foco no exterior está nos Estados Unidos, onde será conhecida a leitura do PCE em outubro. Trata-se do índice preferido pelo banco central americano para medir a inflação no país. O Safra prevê uma aceleração para 0,6% ante setembro.

Além disso, o Fed irá publicar a ata da sua última reunião de política monetária, ocorrida no início do mês e que anunciou oficialmente a redução do seu programa de compra de ativos.

Já aqui no Brasil, os investidores monitoram o parecer da PEC dos Precatórios, que deve começar a ser analisado hoje na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.