No último pregão de setembro, o Ibovespa abriu em alta, mas em uma sessão com volatilidade, virou para baixo nos minutos finais e fechou o dia em queda.
O mercado reagiu ao noticiário local e seguindo o movimento das bolsas externas também fechou a sessão no negativo.
Durante o mês, a crise da incorporadora Evergrande, a sinalização de redução do programa de estímulos do Fed e o possível aumento de juros nos EUA, colocaram muita pressão nas bolsas ao redor do mundo.
No mercado interno, a alta da Selic e o avanço da inflação também preocuparam os investidores. Nesta semana, por exemplo, o IPCA-15 atingiu 10,05% no acumulado de 12 meses e agora projetamos o IPCA fechando 2021 em 8,3%.
Neste cenário, o Ibovespa fechou setembro com queda de 6,57%, tendo seu pior mês no ano, assim como as bolsas norte-americanas.
Ontem, o mercado acompanhou de perto também a divulgação do relatório de inflação e da taxa de desemprego, que apesar de ter vindo melhor que o esperado, não conseguiu dar folego ao mercado.
O relatório de inflação trouxe luz à visão do Comitê sobre a conjuntura econômica do Brasil. A Instituição alterou a estimativa de crescimento do PIB para 2021 de 4,6% para 4,7%, dado a surpresa positiva no resultado do segundo trimestre.
Já a taxa de desemprego no trimestre terminado em junho foi de 13,7%, ficando abaixo da nossa projeção e do consenso do mercado.
O noticiário local consolidou o dia negativo e fez com que o Ibovespa virasse para queda nos minutos finais.
O mercado segue monitorando os impasses quanto ao destino das contas públicas. A pressão do governo e do congresso para garantir a extensão do auxílio emergencial continua preocupando os investidores.
A intenção do governo é de usar a PEC dos Precatórios para criar um fundamento legal para renovar o auxílio.
No dia de hoje, o mercado repercute o PMI industrial da Markit para economias ao redor do mundo, inclusive do Brasil em setembro. Nos Estados Unidos, isso se soma ao PMI industrial calculado pelo ISM.
O dia também prevê números importantes de inflação. Nos Estados Unidos, será informada a variação do PCE em agosto. Aqui no Brasil, temos o resultado da balança comercial verificado no mês de setembro.