O Ibovespa conseguiu mais uma firme alta no último pregão, acumulando ganhos de 2,6% na semana passada. O índice brasileiro acompanhou o movimento positivo no exterior, com a redução da cautela dos investidores ante a variante ômicron.

Nos Estados Unidos, o S&P 500 obteve valorização semanal de quase 4%, renovando o seu recorde histórico de pontuação.

Outro destaque foi o mercado de petróleo. O barril de Brent, a referência global da commodity, interrompeu uma sequência de seis semanas de baixa, voltando a negociar ao nível de US$ 75.

Na frente de indicadores, a inflação foi o principal tema da sexta-feira. Aqui no Brasil, o IPCA subiu 0,95% em novembro. Mais uma vez, a maior pressão sobre o índice veio da gasolina. Por outro lado, foi registrado um alívio mais significativo do que o projetado nos grupos de alimentos e saúde.

No acumulado em 12 meses, o IPCA atingiu 10,74%. Embora seja o maior nível desde novembro de 2003, a expectativa do mercado era de uma inflação ainda mais forte, o que deu força para os ativos do país na última sessão.

Já nos Estados Unidos, o índice CPI veio em linha com o esperado, medindo alta anual de 6,8%, o maior patamar em quase 40 anos. Também por lá, o preço da gasolina puxou o índice para cima no mês passado.

E além de acompanhar as novidades a respeito da nova variante do coronavírus, os investidores estarão atentos nos próximos dias às decisões de política monetária dos principais bancos centrais do mundo.

Na quarta-feira, a expectativa é que o Fed sinalize se acelera ou não a redução do seu programa de compras de ativos. Lembrando que o aumento de juros por lá provavelmente deve acontecer apenas com o encerramento desse programa.

No dia seguinte, o foco irá recair sobre as reuniões do Banco da Inglaterra e do Banco Central Europeu. No curto prazo, hoje o mercado prevê elevação de juros apenas no Reino Unido.

Já aqui no Brasil, iremos acompanhar a divulgação de documentos que devem ajudar a esclarecer a trajetória da política monetária no país.

A Ata do Copom será publicada amanhã, trazendo mais detalhes sobre o tom mais duro adotado na última reunião do comitê. E na quinta-feira será conhecido o Relatório Trimestral de Inflação.