A cautela deu o tom dos negócios ontem ao redor do mundo. O Ibovespa e os índices de ações americanos sofreram firmes correções, em consequência da aceleração da inflação nos Estados Unidos em abril.

O CPI teve alta de 0,8% ante março e de 4,2% contra abril do ano passado, variações bem acima das projeções. O núcleo do índice, que exclui itens mais voláteis, subiu 0,9% na margem, o aumento mais rápido desde 1982.

Embora autoridades do banco central americano entendam que se trata de uma alta em grande parte temporária, o comportamento dos preços tem gerado preocupações no mercado por conta da força das commodities e dos trilhões de dólares injetados na economia americana.

Como já explicamos em outras ocasiões, o temor dos investidores é que a elevação da inflação seja mais persistente do que o BC americano espera, o que poderia provocar uma alta de juros antecipada, reduzindo a atratividade dos ativos de risco.

Aqui no Brasil, o destaque entre os indicadores foi o resultado dos serviços em março. O setor recuou 4% em relação a fevereiro, em linha com esperado pelo Safra. O principal impacto veio dos serviços prestados às famílias, que caiu 27% em razão das restrições para frear o avanço da pandemia.

Na agenda desta quinta-feira, vamos acompanhar internamente o resultado do IBC-Br em março. Esperamos que o índice de atividade calculado pelo Banco Central tenha baixa em torno de 4,5% ante fevereiro.

Já nos Estados Unidos, serão divulgados os dados semanais de seguro-desemprego, e o consenso dos analistas prevê cerca de meio milhão de novos pedidos.

Estão previstos ainda números importantes após o fechamento dos mercados, com a divulgação dos resultados de Petrobras e Magazine Luiza.