Após operar abaixo dos 116 mil pontos, o Ibovespa conseguiu se recuperar nas horas finais do último pregão e voltou a fechar em alta. Mesmo assim, o índice acumulou queda de 3,1% na semana, pressionado pelas incertezas domésticas.

Já o dólar teve leve queda contra o real no período, em meio a uma depreciação mais forte da moeda americana ao redor do mundo.

Nos Estados Unidos, o setor de tecnologia segue se destacando no mercado de ações, o que levou o Nasdaq a subir 1,5% na semana e alcançar uma nova máxima histórica.

Na sexta-feira, os investidores por lá não demonstraram maiores reações ao relatório oficial de emprego do país, que indicou uma criação líquida de 235 mil postos em agosto, bem abaixo das expectativas.

Embora traga cautela com a retomada do mercado de trabalho americano, o resultado, por outro lado, reduz o temor por uma retirada mais rápida de estímulos monetários no país.

A semana que se inicia será mais curta no Brasil, por conta do feriado de amanhã, e também nos Estados Unidos, onde os mercados estão fechados hoje para o Dia do Trabalho.

Na agenda econômica, temos como destaque os eventos de quinta-feira. Lá fora, será anunciada a decisão de política monetária do Banco Central Europeu, que pode trazer novidades sobre o programa de compra de ativos da instituição.

Internamente, iremos acompanhar a leitura do IPCA para o mês de agosto. A projeção do Safra é de desaceleração para 0,6%, levando o índice a acumular 9,4% em 12 meses.

Vale dizer que o cenário-base do banco para a inflação foi ajustado de novo, para contemplar o aumento na tarifa de energia a partir de setembro, bem como no preço de bens industrializados. Acreditamos agora que o IPCA terá alta de 7,4% em 2021.

Além disso, com a necessidade de redução do consumo de energia, nossa estimativa para o crescimento do PIB em 2022 foi reduzida de 1,4 para 1,1%.