Tivemos ontem um dia positivo ao redor do mundo, com uma retomada do apetite a risco dos investidores. Aqui no Brasil, o Ibovespa encerrou o quarto pregão seguido de alta, chegando a operar acima de 108 mil pontos pela primeira vez em quase um mês.

O bom humor foi ampliado pela notícia de que o tratamento da farmacêutica britânica GSK baseado em anticorpos contra a Covid-19 seria eficaz contra todas as mutações da nova variante.

O medicamento possui autorização de uso emergencial em alguns países, entre eles os Estados Unidos.

Já a Sinovac informou ontem que estuda uma nova versão da CoronaVac para combater a ômicron. Segundo a farmacêutica chinesa, o processo deve levar pelo menos três meses.

Quanto às novidades de Brasília, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou ontem projeto para criar um programa de estabilização do preço dos combustíveis no Brasil. O objetivo é amortecer as oscilações do mercado de petróleo.

O texto ainda precisará ser analisado pelo Plenário do Senado, e traz pontos que são monitorados pelos investidores, como um imposto sobre exportações que poderia impactar as empresas do setor.

Na agenda de hoje, o IBGE apresenta nesta manhã o desempenho do varejo no Brasil no mês de outubro.

A previsão do Safra é de mais uma contração no volume de vendas, tanto na modalidade restrita, quanto na ampliada, que contabiliza os segmentos de veículos e materiais de construção.

Já após o fechamento do mercado, o Banco Central irá anunciar a sua decisão de política monetária. O Safra espera, assim como a maioria dos analistas, um novo aumento de 1,5 ponto percentual, levando a Selic para 9,25% ao ano.

A leitura é que a perda de embalo da economia brasileira reduz as chances de apertos mais rápidos.

Iremos também monitorar com atenção o comunicado do Copom, que pode sinalizar as intenções da autoridade monetária para as próximas reuniões.

Atualmente, nosso cenário-base prevê mais dois aumentos, mas de menor intensidade, fazendo com que a Selic alcance o nível de 10,75% ao final do ciclo de alta.