O Ibovespa fechou a sessão de ontem em forte queda seguindo os mercados globais e reagindo ao noticiário local. O principal índice de ações testou o patamar de 110 mil pontos, chegando a cair mais de 3%.

Nos EUA, as principais Bolsas de Valores seguiram o tom negativo da sessão e também fecharam em queda. Os mercados globais reagem ao possível aumento de juros nos EUA. A leitura do mercado é de que o Fed já sinalizou a redução no programa mensal de estímulos a economia. 

A expetativa é de que o banco central norte-americano anuncie na próxima reunião o iníco da redução de estímulos, que poderia começar em novembro e deve ir até março de 2021. 

Além do cenário externo, o noticiário envolvendo a Vale e as siderúrgicas contribuiu para a queda do Ibovespa. As ações do setor caíram após o Minério de Ferro apresentar forte queda na última sessão.  

Casas de análise também já projetam um crescimento em ritmo mais lento da economia da China. A desaceleração no mercado de construção e crédito deve impactar o avanço do PIB chinês. 

Nesta quarta-feira, o mercado monitora o fórum anual sobre bancos centrais com a participação dos presidentes das instituições de Inglaterra, Japão e Estados Unidos. 

À noite, sairão dados importantes da economia do Japão e China.   

Além do conturbado noticiário externo e doméstico, o mercado local acompanhou de perto a divulgação da ata da última reunião do Copom, onde o BC elevou em 100 pontos base, para 6,25%, a Selic.  

O documento destacou ser apropriado um patamar “significativamente contracionista” da taxa de juros e manutenção do atual ritmo de aperto para que as metas de inflação de 2022 e 2023 sejam cumpridas. 

Em relação ao quadro externo, o Banco Central se atenta a possível redução do crescimento asiático devido a evolução da variante Delta e o aperto nas condições monetárias dos países emergentes.  

Assim, a instituição julga apropriada a manutenção do atual ritmo de ajuste, prevendo um novo aumento de 100 p.b. na próxima reunião.