Os mercados tiveram ontem mais uma sessão de recuperação. Aqui no Brasil, o Ibovespa chegou a negociar no nível de 114 mil pontos, 6% acima da mínima registrada no início da semana.

Temos observado um temor mais moderado dos investidores em relação à crise da incorporadora Evergrande, em meio a expectativas de que o governo chinês não permita uma contaminação do sistema financeiro do país.

Nos Estados Unidos, o S&P 500 conseguiu mais um firme ganho, e agora está a apenas 2% do seu topo histórico.

O ambiente positivo também repercutiu nos índices da Europa. A exceção foi a Bolsa de Londres, que recuou levemente depois que o Banco da Inglaterra acenou na direção de um futuro aumento de juros para conter a inflação.

A instituição também reduziu a projeção para o crescimento do Reino Unido, alertando para os impactos de gargalos de fornecimento sobre a produção.

As prévias do índice de atividade da Markit conhecidas ontem corroboram essa preocupação, apontando para uma desaceleração neste mês de setembro no Reino Unido, nos Estados Unidos e, com ainda mais intensidade, na Zona do Euro.

Na agenda interna, acompanhamos ontem novos dados sobre as contas públicas. A arrecadação federal no mês passado somou 146,5 bilhões de reais, o melhor resultado para meses de agosto desde o início da série histórica em 1995.

Já hoje, o destaque é a prévia da inflação de setembro. A estimativa do Safra para o IPCA-15 é de aceleração para pouco mais de 1% na margem, atingindo 10% no acumulado de 12 meses.

Entre os fatores de pressão está a nova bandeira tarifária que passou a ser cobrada sobre as contas de luz.

No exterior, os investidores acompanham de perto um evento virtual do banco central americano sobre a recuperação econômica desde a pandemia. Participam diversos dirigentes do Fed, inclusive o seu presidente, Jerome Powell.