A forte queda nos preços das commodities observada ontem abriu espaço para uma recuperação dos mercados. Entre os principais índices de ações, o destaque foi o da Bolsa de Frankfurt, que fechou em alta de quase 8%.

Isso porque, além de novas sinalizações de que um acordo de paz na Ucrânia pode ser alcançado em breve, o barril de petróleo chegou a operar em torno de US$ 105 na mínima da última sessão, bem abaixo do nível de quase UR$ 140 atingido no início da semana, a maior cotação desde 2008.

Entre os fatores que explicam esse alívio estão indicações de que países da Opep, como Emirados Árabes e Iraque, estariam dispostos a acelerar a produção de petróleo com o objetivo de equilibrar esse mercado.

Vale lembrar que o governo dos Estados Unidos anunciou um boicote às exportações russas e que, embora a União Europeia não tenha adotado a mesma postura, grandes petroleiras da região, como Shell e BP, decidiram não fechar novas compras da Rússia.

Já na frente doméstica, a produção da indústria brasileira recuou 2,4% em janeiro, ante dezembro. É um desempenho mais fraco do que o esperado pelo mercado, mas em linha com a projeção do Safra.

O levantamento do IBGE apontou que a retração esteve espalhada pelo setor, com destaque para as quedas no segmento de automóveis, que continua a sofrer com problemas nas cadeias de suprimentos, e o de mineração, afetado pelas fortes chuvas em Minas Gerais no período.

Iremos acompanhar hoje mais uma pesquisa do IBGE, desta vez com o resultado do varejo no mês de janeiro. A previsão do Safra é de aumento de 0,5% no volume de vendas ante dezembro. Isso na modalidade restrita, que não contabiliza os segmentos de veículos e materiais de construção.

Enquanto isso, no exterior, o mercado repercute a decisão de política monetária do Banco Central Europeu.

Outro evento importante é a divulgação do índice CPI, que mede a inflação ao consumidor nos Estados Unidos. O consenso de mercado prevê que a variação anual chegue perto de 8% em fevereiro, renovando o maior nível em quatro décadas.