O Ibovespa abriu em firme alta no último pregão, mas passou por uma realização de ganhos ao final dos negócios, encerrando a sequência de avanços.

Pelo lado positivo, o índice contou com uma recuperação das ações da Vale e uma forte valorização do Banco do Brasil, que surpreendeu ao reportar lucro de 7,8 bilhões de reais no segundo trimestre.

Já os papéis da Petrobras puxaram o Ibovespa para baixo. A estatal anunciou a segunda redução, em uma semana, no preço do diesel, desta vez de 4%.

As bolsas de Nova York, por sua vez, apresentaram variações levemente negativas. Isso apesar do arrefecimento mais significativo do que se projetava nos preços aos produtores nos Estados Unidos.

Lembrando que, no dia anterior, os dados de inflação ao consumidor em julho também haviam surpreendido positivamente.

A cautela do mercado está em linha com o alto nível de incerteza quanto a um movimento mais estrutural de moderação das pressões inflacionárias.

A dirigente do Fed de São Francisco, por exemplo, ontem avaliou que é muito cedo para declarar vitória sobre a inflação no país.

No entanto, Mary Daly se mostrou inclinada a defender aumento de meio ponto percentual em setembro.

Na frente de indicadores internos, o setor de serviços cresceu 0,7% na passagem de maio para junho.

Foi um resultado mais forte do que o esperado pelo Safra e pelo mercado, puxado pela surpresa positiva nos serviços de transporte. Os serviços prestados às famílias, por outro lado, vieram mais fracos do que se previa.

Para o pregão de hoje, temos uma agenda doméstica mais calma, enquanto, no exterior, os investidores repercutem a divulgação do PIB do Reino Unido no segundo trimestre.

Já nos Estados Unidos, é destaque a prévia de agosto da sondagem do sentimento do consumidor realizada pela Universidade de Michigan. Esse é mais um levantamento acompanhado com atenção pelo banco central americano.

Além disso, é publicada a atualização trimestral das projeções macroeconômicas reunidas pelo Fed da Filadélfia.