Depois de um segundo semestre difícil em 2021, o mercado brasileiro vem conseguindo um início de ano mais positivo.

O Ibovespa fechou a sua segunda semana consecutiva de ganhos, mesmo diante do momento de cautela vivido pelo mercado nos Estados Unidos, onde os principais índices de ações tiveram o pior desempenho semanal desde 2020.

A perspectiva de aumentos de juros por lá segue penalizando sobretudo as ações do setor de tecnologia, um movimento que foi agravado na sexta-feira em razão do tombo da Netflix.

Após divulgar seus números trimestrais, a empresa despencou mais de 20% na Nasdaq, pressionada pela cautela dos investidores com o acirramento da concorrência no setor de streaming.

Já no noticiário doméstico, o governo brasileiro informou neste final de semana que o Orçamento de 2022 foi sancionado com vetos que somam cerca de R$ 3 bilhões.

A equipe econômica, no entanto, recomendava um ajuste de R$ 9 bilhões para recompor as despesas subestimadas no texto aprovado pelo Congresso.

E a semana que se inicia prevê eventos bastante importantes no Brasil e também no exterior. Internamente, iremos acompanhar nos próximos dias novos dados sobre o mercado de trabalho, as contas públicas e a inflação.

Lá fora, o mercado aguarda a decisão de política monetária do Fed, o banco central americano.

O anúncio irá ocorrer na tarde de quarta-feira, e a instituição pode passar a sinalizar um primeiro aumento de juros no mês de março. Não custa lembrar que novidades relacionadas à postura do Fed costumam afetar os preços dos ativos.

Outro evento que deve movimentar os negócios é a divulgação do PIB dos Estados Unidos no quarto trimestre de 2021, prevista para a quinta-feira.

Temos ainda questões geopolíticas relevantes no radar, envolvendo a presença militar da Rússia na fronteira da Ucrânia.

Além disso, iremos conhecer nos próximos dias os balanços de algumas das maiores empresas do mundo. Somente no setor de tecnologia, há destaques como Microsoft, Apple, Tesla e Samsung.