O Ibovespa acumulou uma alta de quase 3% na semana passada, ao subir em todas as últimas cinco sessões. Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 0,34%, aos 121.114 pontos. Já o dólar comercial encerrou em baixa de 0,71%, cotado a R$ 5,58.

O movimento continua sendo conduzido pelo maior apetite a risco no exterior, que levou alguns dos principais índices de ações dos Estados Unidos e da Europa a renovarem os seus recordes históricos.

Prévia do PIB

Quanto à semana que se inicia, temos uma agenda de indicadores mais tranquila. O destaque de hoje é a divulgação do IBC-Br, índice que traz uma aproximação do PIB do Brasil. Esperamos ver uma alta de 0,9% em fevereiro, na comparação com janeiro.

Números da Vale

Também são esperados para hoje, após o fechamento do mercado, os números de produção e vendas da Vale no primeiro trimestre. Lembrando que o balanço financeiro da mineradora será conhecido apenas na semana que vem.

Atenção em Brasília

O foco durante a semana, porém, deverá estar em Brasília. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, convocou sessões do Congresso Nacional para votações importantes. Entre elas, a do projeto que viabiliza a retomada de programas emergenciais, como o Pronampe.

Além disso, na quinta-feira terminará o prazo para que o presidente da República sancione o Orçamento de 2021.

O que pode mover o dólar

Um dos temas que mais chama atenção dos investidores atualmente é a persistência do dólar em níveis elevados ante o real. Sobre esse tema, entendemos aqui no Safra que o recrudescimento da pandemia pode estar ofuscando o bom desempenho das exportações brasileiras e os preços favoráveis das commodities.

Destacamos que, entre os fatores que podem ajudar o câmbio neste ano, estão a menor saída de recursos em carteira no país e o aumento na internalização das receitas de exportação.

Por outro lado, é preciso levar em conta o crescente número de companhias brasileiras que pretendem adquirir negócios no exterior, bem como o risco de elevação nas taxas de juros de médio e longo prazo nos Estados Unidos.

O Safra segue prevendo que, nesse ambiente, o dólar irá terminar o ano no nível de 5 reais e 50 centavos. Mas continuamos monitorando de perto os fatores que podem alterar essa projeção.