Depois de ficar para trás na semana passada, o Ibovespa se recuperou e foi destaque positivo ontem.

O impulso para o índice veio sobretudo das ações da Petrobras, que subiram mais de 6%, após a divulgação de um novo reajuste nos preços dos combustíveis. O aumento passa a valer hoje nas refinarias, e é de 7% para a gasolina e de pouco mais de 9% para o diesel.

Diante da valorização internacional do petróleo, e da depreciação do real, o anúncio reduziu o temor dos investidores em relação a uma defasagem maior na política de preços da estatal, em meio a ameaças de greve de caminhoneiros.

Os papéis da Petrobras, que totalizam um peso de 10% na composição do Ibovespa, ganharam ainda mais força depois que a CNN Brasil informou que o governo estuda uma forma de reduzir a sua participação na empresa.

No mercado cambial, o dólar caiu novamente por aqui, por conta da provável aceleração no ritmo de aumento da Selic, o que tende a fortalecer a moeda brasileira.

Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones e S&P 500 bateram seus recordes de pontuação, sustentados pela expectativa positiva dos investidores para a rodada de balanços corporativos desta semana.

Após o fechamento do mercado ontem, o Facebook divulgou um lucro de mais de US$ 9 bilhões no terceiro trimestre, o que deu força às ações da empresa fora do pregão regular.

Hoje iremos aguardar por números importantes sobre a economia brasileira. O Ministério da Economia deve mostrar o resultado do Caged em setembro, e o Safra espera uma criação líquida de 360 mil postos com carteira assinada.

Além disso, o IBGE traz agora cedo a prévia da inflação de outubro. Esperamos que o IPCA-15 desacelere para pouco menos de 1% na comparação com setembro, graças a uma pressão menor da energia elétrica e combustíveis.

Ainda assim, o índice deve seguir acumulando mais de 10% em 12 meses.

Em Brasília, o foco é a tramitação da PEC dos Precatórios pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

O texto limita o pagamento das dívidas judiciais do governo e também muda o cálculo do teto de gastos públicos, com o objetivo de criar uma folga orçamentária para o ano que vem.