A volatilidade tem se mantido elevada nos mercados, diante das dúvidas que cercam a situação na fronteira Ucrânia. O governo da Rússia sinalizou um recuo quanto a uma possível invasão, mas autoridades da Otan afirmam que a retirada das tropas ainda não se materializou.

Mesmo assim, o S&P 500 conseguiu sustentar o segundo pregão seguido de alta. Aqui no Brasil, o Ibovespa conseguiu fôlego para ampliar o momento positivo, encerrando acima dos 115 mil pontos pela primeira vez desde setembro do ano passado. O dólar, por sua vez, fechou no menor nível desde julho.

Além das tensões geopolíticas, os negócios ontem foram movimentados pela ata de política monetária do Fed. O documento não trouxe novidades substanciais, mas teve um efeito de relativo alívio para o mercado.

Isso porque a instituição confirmou a postura mais rigorosa para conter a inflação, mas sem se comprometer com uma aceleração específica do ciclo de aperto monetário, indicando que as definições devem refletir os dados disponíveis ao longo das próximas reuniões.

Outro destaque lá foram os novos números de de atividade nos Estados Unidos.Tanto a indústria quanto o comércio varejista superaram as expectativas de crescimento para o mês de janeiro, mesmo diante da onda de ômicron no período.

Na agenda interna, a votação de projetos para reduzir os preços dos combustíveis estava na pauta de ontem do Senado, mas foi adiada para semana que vem.

Um dos textos vem do próprio Senado e propõe a criação de um fundo de estabilização, além de instituir um imposto sobre a exportação de petróleo. Outro projeto, já aprovado em outubro do ano passado pela Câmara dos Deputados, determina um valor fixo para a cobrança de ICMS sobre os combustíveis.

Esses temas são acompanhados com atenção pelo mercado, porque têm potencial para atingir a arrecadação de impostos e alterar a dinâmica do setor de óleo e gás no país.

E hoje temos uma agenda de indicadores mais calma, que prevê novos dados de construção de residências e de seguro-desemprego nos Estados Unidos. Além disso, o mercado repercute os resultados trimestrais de Walmart e Nestlé.